O ato de viver!

A vida é esse espaço em branco que eu prefiro chamar de tela. E você é o pincel, seus passos são as pinceladas. Ou, quem sabe, uma agulha a bordar; ou, então, a mangueira que irá molhar a grama, as plantas, as flores. É tudo o que te disseram e dizem, é tudo que você viu, pensou e até o que não chegou a pensar. É o segundo instante que você troca olhares com aquele belo rapaz que topou na rua, ou, até mesmo, com aquela senhora bondosa que fez questão de te desejar um bom dia, mesmo que o dela não fosse tão bom assim, e nem o seu.
Quem nunca foi embora, sem querer, do nosso abraço, do nosso coração? Quem nunca se atreveu? Quem nunca quis e não fez por medo do achismo alheio?
Morar na lua talvez seja coisa de louco, mas eu não preciso provar nada. Vivo com a cabeça lá mesmo assim, o fardo é mais leve.
A vida é isso: a inconstância ou incógnita de ser ou não ser. De ser agora e não ser mais no segundo seguinte. É a certeza certa de que tudo é incerto ou certo até você dobrar a próxima esquina. Certo agora, depois não.. E sim! E não! E opa!
Agora sim.. Agora não.
A mistura do irreal com o real, do amor e ódio, de ter e não ter. Sim, são tempos modernos e ninguém sabe onde realmente está ou quem tem ou para onde vai. Somos meros aprendizes e não temos professor, mas há o tempo e ele nos mostra as pinceladas erradas e os bordados mal feitos, assim como também mostra a grama que brilhou pela sua eficiência, ou só pelo sol mesmo. O que aconteceu há poucos minutos pode facilmente ser esquecido e substituído, tudo conspira para o agora!
E ah, o amor… Coitado do amor! Este deve estar mais perdido do que nossos passos e cabeças. Não sabe em que chão pisar e nem em que terra florescer. Anda tentando se encaixar nos corações indecisos, mostrar a eles que não há nada mais precioso do que um amor correspondido.
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