Há dias que nada é o bastante.
Nada é tão florido, mesmo estando tanto
E ninguém sabe realmente o motivo disso.
Ninguém nunca me falou sobre essa parte
Eu não sabia da existência disso.
Disso que não é nada mais que um vazio
Que nos acolhe
Que nos puxa pelo cabelo e manda-nos sentar
A gente não aceita, mas o tem
Porque ele é um cachorro grande e triste
Mas fiel.
Não nos deixa sozinhos, mesmo que imploremos
E agora eu sei o que é paz de espírito
Quando ela habita, eu sei que o cachorro está longe
Quando ele volta, tudo é névoa
Tudo é sem graça e sem cor
Perdido
Desalento
Tenso.
Cade a intensidade?
Eu desconhecia seu avesso
Se existiu, eu nunca vi, só ouvi falar.
Pensei que comigo, não.
Que não chegaria e que não seria capaz
Mas foi
E vem, muitas e tantas vezes, vem.
Nos dias ensolarados, sim
Nos mais escuros, também.
Controle-se. Faça germinar a flor da paz.
E a felicidade transbordará nela.
E em você.
Mostrando que sua guerra interior
Acabará. D e s a p e g u e!
(O pior já passou
- e mesmo que não
- acalme-se, é certo: p a s s a)

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